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sábado, 16 de janeiro de 2010

Filarmónica Vicentina quer ser a melhor do concelho

Artigo publicado no Jornal Reconquista a 7 de Janeiro de 2010.


A melhor prenda para a Sociedade Filarmónica Vicentina, no seu centésimo aniversário, seria mesmo uma sede. O presidente da Câmara prometeu e a direcção aguarda.

A Sociedade Filarmónica Vicentina vai neste ano de 2010 assinalar o seu centésimo aniversário. As comemorações iniciaram-se no passado sábado, dia 2 de Janeiro, com o concerto de Ano Novo.

O salão esteva repleto de povo que assim manifestou o seu total apoio a esta banda, o que deixou sensibilizado o presidente da direcção, João Barroso. “Eu vejo que vocês estão com a nossa Banda e ela precisa do vosso apoio”, referiu.

E falou no trabalho de fundo que tem vindo a ser feito para que esta filarmónica “seja uma das melhores do concelho”, continuou.

João Barroso e os seus pares da direcção, Aurélio Macedo e José Pedro, reconhecem que a Vicentina “está bem e recomenda-se”. Mas, a falta de uma sede é um óbice ao seu crescimento.

Um espaço onde possam ensaiar, guardar os instrumentos e as fardas, coisas que hoje andam de sala em sala, de caixote em caixote e pelos corredores do exíguo espaço que lhes está destinado, na Junta de Freguesia. A promessa do presidente da Câmara para uma nova sede está feita e a direcção aguarda que se concretize. Até lá continuam com estas condições e com os favores de outras associações que lhes vão cedendo espaços, até para as aulas.

Porque a Filarmónica tem a sua Escola de Música, a funcionar sob a responsabilidade dos maestros Gonçalo Pinto e Sérgio Sequeira. A escola é frequentada por 14 jovens, o que só por si é o garante da continuidade e da qualidade da Banda.

Gonçalo Pinto refere ao Reconquista que têm vindo a ser dados passos consistentes para que a qualidade seja ponto assente. De há dois anos a esta parte, desde que veio para S. Vicente, que Gonçalo Pinto tem vindo a apostar na formação, fundamental, para ele. Neste momento, como refere, “só os mais antigos não têm formação musical, mas todos os outros já saíram da escola e estão aptos a tocar em qualquer lado”, disse.

Recorda que quando chegou, para dirigir a Filarmónica estava tudo muito adormecido e com a auto-estima muito em baixo “As pessoas não acreditavam que era possível recuperar a banda, e hoje ela está pronta para ser uma das melhores do concelho”, frisa Gonçalo Pinto, acrescentando que é para isso que se trabalha afincadamente.

O maestro salienta o trabalho empenhado e abnegado da direcção e também fala no espaço sem o mínimo de condições onde ensaiam e onde decorrem as aulas, ministradas por ele e pelo segundo maestro.

Outra das necessidades da Banda é a falta de alguns instrumentos, já a precisarem de substituição. E a falta, igualmente, de novos elementos. Daí que João Barroso tenha apelado a todos os presentes no espectáculo, para que integrem a Banda ou que incentivem os filhos a fazê-lo.

Para além, disso, aproveitando a presença do Reconquista, o presidente da direcção apela a todos os que tenham coisas ligadas à banda, fotografias, instrumentos antigos, programas, enfim todo o tipo de material que possa ajudar a fazer a história da Vicentina, que o empreste para que possa integrar a exposição cuja abertura está marcada para o dia do aniversário, 16 de Maio. “Tudo o que nos emprestarem será posteriormente devolvido”, garante.

O vereador Arnaldo Brás esteve presente no início das comemorações do centenário. Reconheceu que não é fácil uma instituição assinalar 100 anos. Garante que quer a Câmara Municipal, quer a própria Junta de Freguesia estão muito atentas a este centenário.

Por: Cristina Mota Saraiva

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